Madeleine Alves
No louco motor
do trilho dos dias,
as horas descarrilham.
Na fumaça da pressa,
a cor da paisagem
assume a fuligem
do medo.
Cedo
aos caprichos dos passageiros
que já vão
tarde.
Não tarda
crepúsculo de essência
que arda a esperar
— sem badulaques —
minha presença na estação.
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