Madeleine Alves
O homem-pássaro
e a mulher-borboleta
caminham no centro de uma outra margem.
Independentes entre si e do mundo
o que os une?
O Uno
A alma
O olhar
Ele inquire nuvens
Ela eclipsa-se entre flores:
buscam a essência do mundo.
Ela não sabe de seus silêncios
Ele não sabe de sua eloquente timidez:
não se sabem, descobrem-se.
Reside aí o roteiro sem rota
dos voos de asas antigas
cujo amanhã pouco se sabe
cujo presente muito se sente.
Pressente:
Obra aberta.
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