Madeleine Alves
Meu verbo vem do traço
de asas na areia
e bolhas de sabão
que sobrevoem sorrisos em almas alheias.
Substantivo quando nomeio
o indizível efêmero
da brisa que flutua o ipê rosa
o ipê amarelo
e as espirais concêntricas do núcleo da gérbera.
Adjetivo o salto de plenitude
quando saias giram
e a energia cósmica centrífuga
abre os braços para as Luzes místicas.
- Yin, defino.
- Yang, alastro...
Meus predicados são feitos de crianças imaginativas
barcas que cortam ondas ao por do sol
e o bico de pena é sujeito que o rabo do gato desenha no ar.
Só me interessa o universal:
o uno-verso viver afrouxando o cinto do banal.
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