Madeleine Alves
batom vermelho
para ver melhor
as bagagens
que nem percebo.
eu,
que sempre virei do avesso em prol de outros,
enfim ergo-me no Carro da Existência
e puxo as rédeas
- tão minhas -
que, antes abandonadas,
agora sabem a quem pertencem.
... essa vida tão curta para ser só o que os outros desejam...
... e quando acabar toda a comida?
... e quando saciado todo o sexo?
... e quando compradas toda as roupas e carros e bens?
... e quando entornada toda a bebida?
... e quando todas as palavras estejam tão vazias de sentido por serem tão ditas que só te reste o silêncio?...
... o que você fará com esse vazio que te sonda,
esse silêncio que te grita
e essa cegueira que te obriga
a Visão da Verdade
- que não queres ver?
5 comentários:
Bravo lugar de fala, este que aqui diz! VIVA!
Boníssima reflexão! Amei!
Obrigada Ricardo!! Que bom que gostou, VIVA!!!
Obrigada Cynthia, quem tá na nossa pele sabe como é, né? Feliz que amou, super beijo!!
Maravilhoso texto, reflexivo. Parabéns pela escrita
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