Madeleine Alves
Das muitas palavras que digo,
escuta as que omito.
O não como sim
o sim como não,
De quem tateia temendo o senão,
o sinal, a falta de atenção.
Dos muitos gestos que faço,
atente àqueles que disfarço.
Dos muitos olhares que envio,
sinta a soma de um suspiro.
E só então te aproximarás do cerne,
da essência da semente
muda, que sente a angústia
do amplexo não dado
do ósculo obnubilado
por camadas e camadas e camadas
do que eu sempre quis dizer
- mas não disse.
Um comentário:
lindo! ;)
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