"Pequena história destinada a explicar como é precária a estabilidade dentro da qual acreditamos existir, ou seja, que as leis poderiam ceder terreno às exceções, acasos ou improbabilidades, e aí é que eu quero ver" (Julio Cortázar)


A Produtora Signos Possíveis começou neste blog de escrita. Aqui você encontrará uma seleção de textos escritos e escolhidos por Madeleine Alves. Para saber mais sobre o trabalho da produtora, procure a gente nas redes sociais!


domingo, 30 de junho de 2013

A Arte de Calar

Madeleine Alves

Você já parou para escutar a voz que vem de dentro de você? Apertou o mute do mundo e deixou a voz da alma falar?

Porque todos querem dar conselhos. E não é por mal. Todos querem fazer a diferença, falar a palavra que faz a diferença para o próximo...

Mas é quando se cala a voz do mundo que a voz do deus interior consegue sussurrar as verdades que milenarmente estão no nosso DNA e das quais nos esquecemos vida afora.

Talvez a vida seja um movimento de lembrar. Esquecemos. Então, aprender é lembrar.

Antes de mais nada, é preciso ter fé. Religião é bom, orienta, guia... Só que não é fé. É instituição. Em demasia, cria barreiras, obsessões, guerras... A fé é um fogo interno que queima barreiras e constrói o caminho para o bem, a felicidade, o melhor.

Nem sempre o que desejamos é o melhor para nós. Somos tão ignorantes daquilo que foi feito para o nosso bem e teimosos para nos agarrar a nossos desejos e vícios que deixamos passar o nosso melhor para além.

Por isso, se nenhuma das palavras de mim forem adiantar para outrem; se nada que eu fale transforme, sim, eu prefiro calar.

Porque só quando se calaram para mim eu pude enfim ouvir o deus interior falar à minha consciência e entender que devia seguir em busca do melhor.

Cada um faz a sua jornada. Pô-la em palavras ajuda a organizar os sentidos, ajustar a bússola e...

Seguir em frente.

Escrito durante uma sessão de Comer, Rezar, Amar

2 comentários:

Isaac Ribeiro disse...

Caracas Mad, Você pegou pesado. Fiquei uns minutos calado refletindo as suas palavras. Parabéns ! Texto Brilhante !

Madeleine Alves disse...

Hey, Mr Isaac, obrigada pelo elogio. Fico muito feliz com o seu momentâneo silêncio. Não é todos os dias que impressionamos Newton, não é verdade? (Rs) =)