"Pequena história destinada a explicar como é precária a estabilidade dentro da qual acreditamos existir, ou seja, que as leis poderiam ceder terreno às exceções, acasos ou improbabilidades, e aí é que eu quero ver" (Julio Cortázar)


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terça-feira, 22 de abril de 2008

Só o Pó

Madeleine Alves
Caminhando pelas ruas, ela vai.
Seus pés, descalços ou não, estão a cada dia mais experientes e marcados pelas andanças de sempre - sem estarem velhos.
Será que podes caminhar com ela?
Estaria ela cansada do caminho dentro de sua vaga mente vaga?
Todos os dias ela me olha e eu não sei decifrá-la... sendo ela tão transparente, me estranho e ela é estranha.
Parece ela ser daquelas que têm todas as respostas, mas eu sei que não as tem. segura de si, mas sei que não é. Segura de mim, sei que não sou... pois bem...
Que segure ela nas mãos os sonhos de que é feita. E, tecendo-os nas mãos que observam gestos, que descubra em cumplicidade, tal qual gosta, as lacunas que preencherá para criar outras ad infinitum.
Partícula, então, volto para seus olhos - pois somos Alves, mesmo enquanto dormimos.

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