Madeleine Alves
Olhas para o lado
eu, para outro lado.
Olhas para cima
eu, para baixo.
Olhas para baixo
eu, para o alto.
Olhas de soslaio
eu - perifericamente, vejo.
Quando os olhos estão nos olhos
o Universo se descortina e mira
o anverso do verso
o inverso do verbo
das inauditas palavras iridescentes
caleidoscópicas, entrementes
as sem-pronúncias seguem-se no decorrer do dia.
De fora para dentro, uma realidade.
De dentro para fora, um sonho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário