Madeleine Alves
"Eu penso renovar o homem
usando borboletas."
(Manoel de Barros)
Deixo pra trás a Casa.
Não tenho medo dos meus pés descalços ou de meus cachos revoltos.
Tenho o céu por teto e o solo por pátria.
Todos os ancestrais andarilhos em meus poros.
E pouco me importa se chorei meus erros pela noite. Enfim, a aurora chegou e estou liberta. Tudo está pago e consumado.
Não há o que se apague quando despontam os primeiros raios do Sol e Deus pinta seu quadro eterno de amanheceres. Tenho ânsia de ser as cores do Quadro - ou ao menos um ínfimo matiz.
Adeus, crisálida!
Tons de um novo porvir mosaicam nas asas de meu voo. E a poesia, como sempre, prevalece.
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